O Impacto das Mudanças Climáticas na Energia Solar na Região Sul do Brasil
- Comunicação Solar Super Energia
- 14 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Nos últimos anos, a região Sul do Brasil tem enfrentado eventos climáticos extremos, como tempestades, ciclones, granizo e enchentes. Esses fenômenos têm causado prejuízos significativos, especialmente no setor de energia solar, gerando preocupações entre consumidores e integradores.
Atualmente, os três estados da região Sul – Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) – são responsáveis por 85,13% dos sinistros indenizados pelo seguro solar através da Elétron. Desses, 74,07% resultaram de vendavais, granizo, microexplosões atmosféricas, inundações e alagamentos.
O Rio Grande do Sul destaca-se como o estado com o maior número de sinistros indenizados, representando 55,45% dos casos e totalizando mais de R$ 2,2 milhões em indenizações pagas pelo Seguro de Riscos Diversos Equipamentos entre janeiro e julho de 2024.
Os Desafios dos Sistemas Fotovoltaicos
Embora os equipamentos de energia solar sejam projetados para resistir a várias condições, eles não estão preparados para desastres climáticos severos. Um exemplo marcante foi o impacto das inundações no Rio Grande do Sul, que se tornaram uma das maiores crises climáticas da história do estado. As águas que atingiram o nível dos telhados danificaram estruturas metálicas, cabos e placas solares, e muitos inversores ficaram submersos por dias.
Apesar da gravidade da situação, os acionamentos do seguro da Elétron mostraram que a maioria dos casos envolveu perdas parciais, principalmente relacionadas aos inversores, embora também tenham ocorrido casos de perda total.
Novas Oportunidades no Setor Solar
As mudanças climáticas, embora representem um grande desafio, também trazem à tona a necessidade de adaptações no mercado de energia solar. Culturalmente, muitos brasileiros ainda não reconhecem a importância do seguro. No entanto, a tragédia recente no Rio Grande do Sul ilustra essa realidade: dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelam que a maioria das vítimas não possuía cobertura. Apenas 30% das pessoas afetadas tinham algum tipo de seguro, e apenas 10% possuíam apólices específicas para alagamentos.
Contudo, essa percepção está mudando. A conscientização sobre a importância do seguro está crescendo, especialmente após eventos climáticos extremos. Tanto consumidores quanto profissionais do setor de energia solar estão começando a ver o seguro como uma necessidade, não apenas como um luxo.
Esse aumento na demanda está incentivando as seguradoras a desenvolverem coberturas mais específicas e adequadas às novas realidades climáticas.
Conclusão
Com a intensificação dos eventos climáticos extremos, não apenas na região Sul, mas em todo o país, é fundamental que consumidores e integradores de energia solar considerem o seguro como parte essencial dos projetos fotovoltaicos. Proteger o sistema contra possíveis danos climáticos não só salvaguarda o investimento realizado, mas também assegura a continuidade da geração de energia, crucial para o sucesso de qualquer projeto solar.
Portanto, a conscientização sobre os riscos e a importância de uma proteção adequada são passos fundamentais para enfrentar as crescentes incertezas climáticas. Ao incluir seguros solares, os integradores não apenas agregam valor aos seus serviços, mas também promovem a segurança e tranquilidade de seus clientes. Afinal, em tempos de imprevisibilidade climática, contar com uma cobertura especializada pode fazer toda a diferença.

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